MÁSCARAS
"outros me vêem como sou, ou sou como me vêem os outros? O difícil não é saber como me vêem os outros. Posso lê-lo nos seus olhares. O difícil é descobrir quem sou eu. A socrática recomendação do autoconhecimento e o mandamento shakespeariano de sermos fiéis a nós mesmos impõem dura tarefa. Muito mais fácil é assumir-me tal como me veja nos olhares dos outros. (...) "
Vilém Flusser

“Tenho uma fome abissal, uma fome coletiva e individual, uma fome de séculos de injustiça social e de carência individual.
Posso resumir dizendo que minha fome mais constante é de justiça, entendida num sentido absoluto, o que é um paradoxo para uma relativista. Mas acho que o relativismo surgiu em mim, justamente por esta necessidade de ser justa com todos os lados da questão, não apenas com uma suposta verdade.
Desde muito pequena eu percebi que verdade é perspectiva e que tudo, como diz o Eça, no final da Relíquia, é uma desesperada coragem de afirmar. Dela nascem todas a grandezas e as injustiças.
Mas tenho fome individual de paixão, de emoção, de sair da prisão estreita de uma descrição de mundo. E de conseguir que a pessoas amem e se identifiquem com meus textos e personagens. "
Trecho da entrevista da Mel para o Ferrari na comunidade Caneca na Rede:
http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=1135552&tid=14399793
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