O escritor e a felicidade
Dizem que um escritor encontra inspiração em tudo o que ele vê, ouve, sente e, especialmente, lê. Não sou um escritor, apenas alguém que gosta de escrever, e há uma grande diferença entre um e outro. Todavia, eu tenho uma sutil semelhança com os verdadeiros escritores: buscar minha inspiração no que eu vejo, ouço, sinto e, especialmente, leio! Sou uma daquelas pessoas que lê de tudo, de enciclopédias à bulas de remédio, de uma grande obra literária à embalagem de xampu! De tudo o que leio, há sempre alguma coisa que me chama mais a atenção, que me toma tempo e esforço de buscar compreender a profundidade do que está por trás daquilo que estou lendo.
Uma frase, quase infantil, me chamou a atenção ontem, e passei o dia tentando compreendê-la, o que só aconteceu à noite, naquela embriaguez que antecede o sono:
"A flor respondeu: - Bobo! Acha que abro minhas pétalas para que vejam? Não faço isso para os outros, é para mim mesmo, porque gosto. Minha alegria consiste em ser e desabrochar."
Esta frase estava estampada no MSN de uma amiga minha desde o meio da tarde de ontem, mas mensagens inteligentes as vezes tardam a serem compreendidas. Muitos devem até reconhecer tal transcrição, pois, ao conversar com esta amiga, fico sabendo que ela está contida em um livro de muito sucesso, chamado A Cura de Schopenhauer. Já faz algum tempo que não leio um livro filosófico, daqueles tão inteligentes, tão sensacionais, que você tem que ler, reler e ler novamente um mesmo parágrafo, e mesmo assim não compreende nem a metade de sua essência. Não li o tal livro, mas para mim, essa frase já rendeu muito esforço de compreensão.
Muitos diriam que é uma frase simples, mas ela só é simples para aquele que nunca refletiu sobre a sua própria vida, sobre o sentido de sua existência. Não aquele sentido que muitos desejam perguntar para Deus-Todo-Poderoso algum dia, mas o sentido de tudo o que fazemos, em nosso dia a dia, na relação com o próximo e com nós mesmos. Por que escrevo esse texto? Como encontrar alegria na vida? Por que a flor desabrocha suas pétalas? Acho que tudo isso nos remete a um único ponto, sobre o qual até já escrevi há algum tempo: vivemos sempre à procura da felicidade! Como no filme homônimo, estrelado pelo Will Smith, o caminho é duro e tortuso para a alcançarmos, mas sempre, em primeiro lugar, vêm a nossa felicidade individual, quase introspecta. Ela se espalha por tantas coisas que vemos no cotidiano: na busca por sucesso profissional, quando se ama alguém e quer ver essa pessoa feliz... e em tantas outras coisas! Pode parecer egoísmo da minha parte, mas quando fazemos essa busca, busca pela nossa própria realiza enviar recado cancelar apagar 18:02 (1½ horas atrás)
Esse "alguém" somos nós mesmos, que temos que nos amar, nos sentir bem com quem somos e com o que fazemos, pois não há reconhecimento maior no mundo: encontrar sua felicidade! Para compartilharmos o amor e a alegria que sentimos com as pessoas que amamos, maridos e esposas, namorados, amigos e família, devemos, em primeiro lugar conhecer a nós mesmos, descobrir a alegria que carregamos ao ser quem somos! O vida ficaria mais fácil, mais leve, com menos amarguras e decepções, se conseguíssemos encontrar a felicidade dentro de nós, dentro das nossas realizações!
Estou tentando descobrir o caminho que me trará a felicidade, a alegria e a satisfação de ser quem eu sou: é muito difícil encontrar esse caminho! Mas eu sei que ele começa dentro de mim!
Vladnov
http://nemtudoeverdade.blogspot.com/2007/02/o-escritor-e-felicidade.html
20 de setembro de 2007
O escritor e a felicidade
às 15:41:00
Marcadores:
Felicidade
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