2 de outubro de 2007

Cybercultura







Cybercultura


(...) A "aldeia global", termo cunhado de Mcluhan, impõe a padronização de um estilo de vida, que vai do consumo, pesquisa e diversão. Mais de 200 milhões de pessoas "navegam" ou "surfam" de um canto a outro do planeta todos os dias na "Rede", assim conhecida a Internet, os sites proliferam, proliferam-se os conectados, afinal ninguém quer ficar de fora. Hoje a pergunta clássica não é: "Qual o seu telefone?", mas sim, "Qual é seu e-mail?". Se este universo virtual tem vocabulário próprio também tem seu idioma oficial, o inglês é a língua encontrada, todos estão fadados aos seus encantos e também desencantos, se nesse universo digital desconhecer esse idioma, o indivíduo está parcialmente fora da Rede, ou seja, está limitado ao seu idioma que não é o inglês. Não se tem mais a era do simples intercâmbio comercial, isso evoluiu para o grande mercado único.. (...)


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(...) as transformações na maneira das pessoas se comunicarem significam mudanças na continuidade, mas também mudanças com descontinuidade. A virtualização tem um conteúdo ideológico, mas também um conteúdo real de mudança. A questão fundamental consiste em precisar quais são as peculiaridades desse fenômeno que assumiu dimensões e propriedades de um mundo globalizado, sem fronteiras, sem paredes, com suas regras, suas políticas e seus organismos. O que significa uma completa integração e liberalização da exposição do pensamento humano, criando o que Lévy chama de inteligência coletiva. O desafio agora é conceber mundos virtuais de significações ou sensações partilhadas, a abertura de espaços em que poderão desenvolver-se a inteligência e a imaginação coletivas."

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(...) Na verdade existe uma interação entre o real e o virtual, pois em meio a tanto real hoje convive-se pacificamente com o virtual, e alguns até mais neste último, afinal existem os viciados em surfar nas ondas da Internet, esquecendo-se de seu mundo real.Tudo vive entrelaçado, as pessoas e a tecnologia da informação Virtual parece ter se tornado a palavra da moda e, ao mesmo tempo, um assunto muito controverso e polêmico, cuja compreensão tem provocado os mais diversos posicionamentos.Por um lado a virtualização significa que o mundo mudou radicalmente e, por isso, ela não é apenas a palavra da moda, mas também uma palavra de ordem, uma exigência de que todos aceitem incondicionalmente as mudanças e a elas se adeqüem. (...)

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Mais o que é o real?

Segundo Lévy: "O real seria da ordem do "tenho", enquanto o virtual seria da ordem do "terás", ou da ilusão, o que permite geralmente o uso de uma ironia fácil para evocar as diversas formas de virtualização." (1996). Para falar de real, tem-se também que falar do virtual, que aliás é o que permeia a transnação chamada Internet. Lévy ainda mostrando o real e o seu contraponto virtual, coloca: "A palavra virtual vem do latim medieval virtualis, derivado por sua vez de virtus, força, potência. Na filosofia escolástica, é o virtual o que existe em potência e não em ato. O virtual tende a atualizar-se, sem ter passado no entanto à concretização efetiva do formal. A árvore está virtualmente presente na semente. Em termos rigorosamente filosóficos, o virtual não se opõe ao real mas ao atual: virtualidade e atualidade são apenas duas maneiras de ser diferentes." (1996)

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O futuro é Aqui

(...) A melhor maneira de conviver com o futuro é dominar as novas tecnologias da informação e comunicação que estão modificando o mundo, ou a forma como as pessoas manipulam e recuperam informações. Um exemplo dessa tecnologia é a Internet, rede das redes, que salta fronteiras e recompõe forças políticas, sociais e culturais. Os reflexos dessa na sociedade pode ser comparados aos mesmos impactos que ocorreram entre a passagem da cultura oral para a cultura escrita. Apresenta-se como instrumento novo cultural capaz de trazer mudanças parecidas às da introdução da imprensa e surge como umanova ordem capaz de operar mudanças grandiosas na sociedade como um todo. É uma tecnologia acima de qualquer outra e junto com ela emergem outras tecnologias, outras formas de pensar inclusive as relações humanas e um leque enorme de possibilidades. (...)

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"Seres humanos, pessoas daqui e de toda parte,
vocês que são arrastados no grande movimento
da desterritorialização, vocês que são enxertados
no hipercorpo da humanidade e cuja pulsação
ecoa a gigantescas pulsações deste hipercorpo,
vocês que pensam reunidos e dispersos entre o
hipercórtex das nações, vocês que vivem
capturados, esquartejados, nesse imenso
acontecimento do mundo que não cessa de voltar
a si e de recriar-se, vocês que são jogados vivos
no virtual, vocês que são pegos nesse enorme
salto que nossa espécie efetua em direção à
nascente do fluxo do ser, sim, no núcleo mesmo
desse estranho turbilhão, vocês estão em sua
casa. Benvindos à nova morada do gênero
humano. Benvindos aos caminhos do virtual!"



(LÉVY, 1996, p.150)

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