O outro guarda um segredo: O segredo do que eu sou
É claro que essa imagem pode iludir, sobretudo se for entendida num sentido estático. E seria possível dizer exatamente o oposto, com a mesma probabilidade de acerto: "a existência do outro é uma dificuldade e um choque para o pensamento objetivo" (Merleau-Ponty, 1945. p. 401). Mas a contradição desaparece, se pensarmos em termos dinâmicos, ou na interação de um eu com o outro ou com os outros. A imagem que vemos de nós mesmos não é, certamente, o retrato do que os outros vêem em nós, mesmo porque os outros não vêem a mesma pessoa. Entretanto, sem as sucessivas imagens que os outros nos dão de nós mesmos, não poderíamos saber quem somos. Ou, segundo a frase muito feliz de Ichheiser, "Os outros são nossos espelhos".
10 de abril de 2008
Os outros são nossos espelhos
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