Perdoe-me
esta tentativa de varrer-te a intimidade,
de tentar penetrar-te,
invadindo os teus ocultos espaços...
Demência de quem ama
o brilho de um olhar
e, através dele, viaja
para dentro de seu próprio ser.
A imagem tua espelha a minha
e, num convite excitante, irresistível,
cálido,
chama-me a desvelar-me
através de ti.
Eu procuro no não dito
o irrevelável,
os abismos que nem tu julgas possuir
Entro por ti pelos poros, pela pele,
por cada célula e te sinto a pulsação,
o odor, o gosto...
Gosto de sal, gosto de mel,
gosto de amor...
Eu não entro para julgar-te
E sim para amar-te,
até em meio às imperfeições...
Entro em ti porque preciso entrar em mim
e descobrir, através de Teu Ser Total,
a Minha Humanidade a brilhar nos olhos teus.
(Se você souber o nome do autor me envie por email)
20 de maio de 2008
Perdoe-me
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