"Ao escrevermos, como evitar que escrevamos sobre aquilo que não sabemos ou que sabemos mal? É necessariamente neste ponto que imaginamos ter algo a dizer. Só escrevemos na extremidade de nosso próprio saber, nesta ponta extrema que separa nosso saber e nossa ignorância e que transforma um no outro. É só desse modo que somos determinados a escrever. Suprir a ignorância é transferir a escrita para depois ou, antes, torná-la impossível. Talvez tenhamos aí, entre a escrita e a ignorância, uma relação ainda mais ameaçadora que a relação geralmente apontada sobre a escrita e a morte, entre a escrita e o silêncio. Falamos, pois, de ciência, mas de uma maneira que, infelizmente, sentimos não ser científica".
(Deleuze, 1988)
15 de outubro de 2009
Deleuze
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Um comentário:
Pensar com Deleuze é um ato de coragem,de desprendimento e ousadia. A escrita inflamada dele é um processo de reconhecimento de devires, uma porta para possibilidades e inovações,enfim,ler Deleuze é estar diante de um rizoma de palavras e idéias.
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