7 de agosto de 2007

Maria Helena Bandeira






Em de todas que fui
nenhuma eu
e em todas
igualmente
não me reconheço
olhando para outra
que não sou
tentando ser
alguém
que nunca fui


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“Eu sou o mundo que tornei significativo.
Sem a minha consciência, não existe.
Está perdido para mim,
como eu estarei perdida dele.
Eu sou o universo e ele sou eu.
“não acredite em mim quando minto,
eu minto para que tenha significado”


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Existir
Estar aqui por breves
Explosões de estrelas
Longe de mim
Estar aqui por incontáveis
Grãos de areia do deserto
De Agadhir
Estar aqui provável
Neste estio
Neste tédio este caos
Este vazio
Estar aqui enfim
Ao todo
E em desafio
Talvez seja existir
Talvez seja
arrepio

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Alguém
Apague a luz da realidade

Quero a fantástica tormenta
Da inverdade

Maria Helena Bandeira

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