Vem me buscar...
Caminhamos em tempos diferentes
Sem um rumo sequer
Você procura seu lado gente
Eu desabrocho como mulher...
Eu que o ciúme desconhecia
Passo horas a imaginar
A outra: Que heresia!
Seu sagrado corpo tocar...
Rolo sempre na cama
Mas não é por prazer
Só loucura de quem ama
Aquele que não pode ter...
Penso que mais fácil seria
Procurar outro qualquer
Mas seria hipocrisia
Já que só você meu corpo quer...
Continua doendo tanto
Que mil vezes me vejo a implorar
Volta, ainda que por encanto
Venha, por favor, me amar...
Você procura por sua essência
E eu imploro seu amor fatal
Por você perco a inocência
Transformo-me em simples mortal...
Me perco nessa sina minha
Sendo o que você quiser
Destruo minha coroa de rainha
Para ser apenas sua mulher...
Se tudo isso não comove
Ainda volto a clamar
Venha com o vento que te move
Volta e vem me buscar...
Autoria de Lou de Olivier
28 de fevereiro de 2008
Vem me buscar
às 11:56:00
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Anorexia
Anorexia
Anorexia significa “falta de apetite”, no entanto, o que ocorre é uma negação consciente para se alimentar e com o transcorrer do tempo, a falta de apetite se concretiza.
Consiste num distúrbio alimentar resultado da preocupação exagerada com o peso corporal, que pode provocar problemas psiquiátricos graves. A pessoa se olha no espelho e, embora extremamente magra, vê-se obesa. Com medo de engordar, exagera na atividade física, jejua, jejua, vomita, toma laxantes e diuréticos.
Ás vezes, os pacientes anoréxicos chegam rapidamente à caquexia, um grau extremo da desnutrição.
Dentre as causas para a aparição da doença, destacam-se: a predisposição genética, o conceito atual de moda que determina a magreza absoluta como símbolo de beleza e elegância, a pressão da família e do grupo social e a existência de alterações neuroquímicas cerebrais, especialmente nas concentrações de serotonina e noradrenalina.
Sinal de alerta
A adolescente pode sofrer de anorexia se…
…perde peso rapidamente.
…demonstra medo intenso de engordar.
…fica obcecada por dietas e conta as calorias de tudo o que come.
…acha que está gorda mesmo estando abaixo do peso.
…pratica exercícios físicos em excesso …se isola na hora das refeições
…deixa de menstruar por três meses ou mais.
Como se morre de fome
Privado de alimentação, o organismo começa a devorar a massa muscular. A temperatura do corpo cai e surgem sintomas como fadiga, fraqueza e frio exagerado. Os efeitos podem ser devastadores.
• Morte por parada cardíaca provocada pela perda de potássio, redução do tamanho do coração e diminuição do volume de sangue bombeado.
• Morte por insuficiência renal causada pela desidratação.
• Comprometimento do sistema imunológico pela perda excessiva de nutrientes, que reduz a capacidade de combater infecções.
• Osteoporose devido à falta de cálcio e de vitamina B.
As dicas dos “amigos” da doença
• Nunca diga a eles que você se acha gorda ou feia.
• Diga que vai almoçar com amigas ou na lanchonete da escola. Peça dinheiro e guarde para coisas mais importantes do que comer.
• Se seus pais insistirem para você comer, leve o prato para o quarto e jogue a comida em um saco plástico e depois no lixo.
• Para despistar, coloque embalagens de bala, chocolate ou salgadinhos em pontos estratégicos da casa.
• Não conte a ninguém que você tem Ana (anorexia), nem a sua melhor amiga
• Guarde laxantes e remédios para emagrecer em um lugar bem escondido, como em bolso de roupas que você não usa.
• Na hora de vomitar a comida, não faça igual a uma retardada saindo direto da mesa para o banheiro. Ajude sua mãe a tirar a mesa e diga que vai tomar um banho. Ligue o chuveiro e faça o mínimo de barulho possível.
Fonte: Veja
às 07:52:00
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Receitas
Siga o passo a passo do arroz e feijão:
ARROZ
Medidas:
1 copo de arroz
2 copos de água
Tempero:
2 colheres de sopa de óleo
1 cebola pequena picada
sal a gosto
Como Fazer:
Lave bem o arroz e reserve.
Coloque o óleo em uma panela e junte a cebola para refogar.
Quando ela estiver transparente, acrescente o arroz, o sal, e mexa bem.
Sempre em fogo baixo.
Faça isso por uns 3 minutos e junte os dois copos de água.
Tampe a panela e aumente o fogo.
Espere até o arroz secar,
mas não deixe que a água do fundo da panela seque totalmente.
obs.: Essa medida dá para duas pessoas.
Quando quiser fazer uma quantidade maior de arroz,
é só seguir a regrinha que a água deve ser sempre
o dobro da medida do arroz.
FEIJÃO
Medidas:
2 copos de feijão
4 copos de água
Tempero:
3 colheres de óleo
1 cebola picada
2 dentes de alho
1/2 xícara de bacon picado
1 lingüiça paio ou calabresa em rodelas
Como fazer:
Escolha o feijão, lave e reserve.
Coloque a água numa panela com o feijão e deixe ferver por 30 minutos.
Caso esteja usando panela de pressão, reduza esse tempo para 20 minutos.
Em outra panela, coloque o bacon e a lingüiça e deixe fritar por 2 minutos.
Acrescente a cebola e o alho e deixe refogar por mais 3 minutos.
Despeje esse tempero na panela e coloque sal a gosto.
Deixe ferver por mais 10 minutos em fogo baixo.
OBS.: O tempo de cozimento pode variar devido ao tamanho das bocas de fogão.
Também é preciso ficar atento pois cada pessoa gosta do feijão de um jeito,
uns com mais caldo, outros com menos caldo.
Se achar que está com pouco caldo,
acrescente um pouco mais de água e deixe mais um pouco no fogo.
O feijão só vai engrossar o caldo, após a colocação dos temperos.
Arroz e Feijão realmente é o par perfeito do Brasil!
Bom apetite!
-----------------------------------------------
às 07:46:00
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27 de fevereiro de 2008
ARTIGOS: TEXTOS, RESENHAS SOBRE FILOSOFIA
Edélcio Ottaviani
O artigo procura resgatar o sentido da práxis no pensamento nietzschiano e demonstrar como ele se associa à compreensão socrática de não submeter a práxis à teoria, segundo o pensamento desenvolvido por Hannah Arendt, à luz do estudo desenvolvido por Jacques Taminiaux. Procuramos associar esta reflexão a um momento particular da história latino-americana, em que milhares de pessoas foram perseguidas, torturadas e assassinadas por quererem realizar na prática um projeto de libertação. Neste sentido, apresentamos a práxis da libertação como uma forma concreta de liberação da alienação e como ação concreta de autoformação do sujeito em seu combate às ditaduras militares, defensoras incontestes da violência inescrupulosa do capital. Numa atitude de provocação, queremos demonstrar que a Teologia e práxis da libertação, inspiradas na práxis de Jesus, não se manifestaram como forças contrárias à vida e instrumentos de alienação, mas instrumentos incontestes de libertação.
http://www2.pucpr.br/reol/index.php/RF?dd1=1528&dd99=pdf
O LUGAR DO TRANSCENDENTAL
Alberto Marcos Onate
Na filosofia contemporânea, um dos temas predominantes é a questão do transcendental. Este artigo pretende tratar da questão a partir do debate entre Husserl e Heidegger. Partindo dos textos pontuais de ambos os pensadores e de um artigo de Jean-François Courtine sobre o tema, procura-se mostrar em que medida e segundo quais operadores conceituais as duas abordagens se aproximam e se distanciam.
http://www2.pucpr.br/reol/index.php/RF?dd1=1530&dd99=pdf
IGUALDADE – TRAJETÓRIAS DE UMA NOÇÃO NO PENSAMENTO E NO IMAGINÁRIO POLÍTICO
José D’Assunção Barros
Este artigo busca elaborar uma visão panorâmica sobre o desenvolvimento da noção de Igualdade no pensamento político e em movimentos sociais e políticos que as favoreceram, procurando trabalhar com alguns modelos clássicos de Igualdade de modo a compará-los no seu contexto de surgimento.
A TERCEIRA FORMA DE SI ESPIRITUAL HEGELIANA ILUSTRADA COM PERSONAGENS DE GOETHE
Jaqueline Cristina Rossi
Neste artigo, ilustraremos a terceira forma de si espiritual hegeliana, o espírito certo de si mesmo, com personagens de Goethe. Partiremos da hipótese de que a Fenomenologia do espírito, de Hegel, pode ser posta lado a lado ao romance de Goethe, Os anos de aprendizado de Wilhelm Meister, segundo o conceito de ‘Bildung’. Sob este ângulo, o drama de Goethe, Fausto, caracterizaria o espírito certo de si mesmo como a necessidade recíproca de sacrifício do universal e particular. Esta necessidade, que parte de uma crítica da posição moral Kantiana, é apresentada no diálogo entre a consciência que é certa de si e age e a bela alma que quer, acima de tudo, manter a pureza do universal. Esta passagem Hegel chama de o mal e seu perdão. O resultado será uma nova consciência, a mais alta unidade em oposição do particular e universal.
http://www2.pucpr.br/reol/index.php/RF?dd1=1532&dd99=pdf
IMAGEM E CONCEITO: a metáfora da caça na filosofia da renascença
http://www2.pucpr.br/reol/index.php/RF?dd1=1524&dd99=pdf
O EPICURISMO DE ERASMO
http://www2.pucpr.br/reol/index.php/RF?dd1=1525&dd99=pdf
ERASMO DE ROTERDAM E A EDUCAÇÃO HUMANISTA CRISTÃ
http://www2.pucpr.br/reol/index.php/RF?dd1=1526&dd99=pdf
MITOLOGIA, ALEGORIA E ATEÍSMO PRÁTICO
http://www2.pucpr.br/reol/index.php/RF?dd1=1527&dd99=pdf
Nietzsche e Freud: eterno retorno e compulsão à repetição
http://www2.pucpr.br/reol/index.php/RF?dd1=1533&dd99=pdf
Crítica da religião e sistema em Kant: um modelo de reconstrução racional do Cristianismo
http://www2.pucpr.br/reol/index.php/RF?dd1=1534&dd99=pdf
METAFÍSICA E METAPSICOLOGIA EM CONFRONTO: Aristóteles e Lacan no Seminário VII
http://www2.pucpr.br/reol/index.php/RF?dd1=1529&dd99=pdf
às 14:30:00
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26 de fevereiro de 2008
Dicas de artigos sobre arte
Dicas de artigos sobre arte
Suicide Girls, a arte e a pornografia
A Origem do Mundo - Gustave Courbet
Ananga-Ranga: manual indiano sobre sexo
Arte ou Pornografia - Homens nus
Homens nus e mulheres nuas na objectiva de Greg Friedler
Eva sob o olhar de Irina Ionesco: dos 5 aos 10 anos
Mme. Ionesco: a dama do erotismo
às 10:07:00
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11 de fevereiro de 2008
Persona: Bergman, Jung e Kierkegaard
Persona: Bergman, Jung e Kierkegaard
Introdução
Escolher um filme como sendo o melhor da história do cinema é algo impossível,mas eu colocaria Persona como uma das melhores realizações da história do cinema.
O filme de Bergman vai além do simples deleite: ele desperta a reflexão e questionamentos sobre o cinema, seu papel, a representação, o teatro e o próprio homem. Persona não apresenta apenas uma história, instiga o espectador a decifrar suas imagens e seus significados implícitos. Mais do que um filme que trabalha a metalinguagem, Persona é um questionamento sobre o ser humano e sua psique.
Bergman sofreu ao longo de seus trabalhos explorou a influência de diversas obras,mas em Persona dois autores devem ser destacados: Carl Jung e Sören Kierkegaard.
Não pretendo aqui fazer uma análise das teorias dos dois autores, mas abordar como o filme trabalha a reflexão de alguns aspectos dessas teorias.
Persona é um filme muito representativo na obra de Bergman, retomando temas e refletindo seu momento. Assim, não há como falar sobre a película sem relatar algumas questões sobre o próprio Bergman.
O filme e Ingmar Bergman
O filme conta a história de Elizabeth Vogler (Liv Ullmann), uma atriz que surta durante a apresentação da tragédia Electra. Como conseqüência, Elizabeth repousa em uma clínica psiquiátrica. A médica responsável conclui que sua estadia na clínica não surte resultado e assim sugeria que ela vá para sua casa de praia junto com uma enfermeira Alma (Bibi Andersson). Mesmo na praia Elizabeth recusa-se a voltar a falar, mas isso não impede que uma forte relação de identificação se estabeleça entre ela e Alma. Quando Alma sente sua confiança traída, ela volta-se contra Elizabeth e os papéis que representavam até o momento são invertidos. Por fim, as duas voltam da praia, e Elizabeth retoma seu trabalho de atriz.
Persona é um filme que se desenvolve de modo elíptico e não linear. Vemos então os temas abordados por Bergman ressurgindo a todo o momento. O existencialismo, a metáfora do cinema e do teatro, a questão da realidade, a persona, voltam com novos significados e ampliados através da construção simbólica das imagens.
É a última realização de Bergman em preto e branco
Não há como imaginar Persona colorido: sua textura, o contraste e a forma como nos atinge só pode ser expresso do modo como foi feito. A idéia de ilusão de realidade é desfeita pela sua falta de cores. As diversas nuances de cinza ressaltam a frieza da realidade, da incomunicabilidade e do isolamento do colorido do mundo.
continua..
Leia na íntegra:
http://www.bibi.org/persona-%20bergman,%20jung%20e%20kierkeegard.pdf
às 08:13:00
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9 de fevereiro de 2008
6 de fevereiro de 2008
UM ENIGMA NO DIVÃ
UM ENIGMA NO DIVÃ
Michel (Jean Hughes Anglade, de Betty Blue, Nikita e Afinidades Eletivas) é um psicanalista com pacientes muito especiais. Entre os que deitam em seu divã estão uma professora aborrecida com o comportamento de seus alunos, um homem com ejaculação precoce e a bela Olgaa, uma sadomasoquista que tem prazer em falar de suas perversões sexuais. Tudo transcorre normalmente – dentro do possível – no consultório de Michel, até o dia em que ele pega no sono durante uma consulta com Olga e quando acorda sua paciente está morta, foi misteriosamente assassinada. Desesperado, o psiquiatra agora se vê obrigado a esconder o (belo) corpo de Olga, fugir do marido dela e da polícia, o que acaba ocasionando uma incrível sucessão de erros absurdos. Necrofilia, Pirofagia, sadomasoquismo, voyerismo e demais temas são tocados no filme.
Chegou ao Brasil com dois anos de atraso, Um Enigma no Divã é uma comédia de humor negro produzida entre França e Alemanha, dois países que não são exatamente muito hábeis na arte de fazer rir no cinema.
O admirável Mundo novo, o abominável Cliente novo e o improvável Analista novo.
Marli Piva Monteiro
(...) Conforme o cineasta Gilles Vallet "Cinema e psicanálise nasceram na mesma época, têm a mesma vocação: "Permitir que as pessoas vejam o mundo de uma maneira diferente" e sem dúvida com muita razão, Jean-Jacques Beneix, diretor do filme "O enigma do divã " cujo titulo original, muito sugestivo, é "Mortel transfert", declarou ,"Ser psicanalista é uma das últimas profissões de alto risco que temos por aí".
Nesse admirável "setting" novo, o analista tem dificuldade para situar-se, para histericizar o cliente ao qual "os saberes" do analista não interessam, pois ele já os tem. O que ele quer é que o analista, seja lá quem for, e seja lá como for, lhe proporcione os meios de reduzir sua ansiedade, depressão, seu sofrimento, enfim. O analista já não consegue colocar o cliente dividido no conflito, contraditório – ele está cheio de certezas. Vê-se então o analista como o músico a quem pediram que execute uma peça mas subtraíram-lhe a partitura.
O novo cliente é um cyber cliente, acostumado à rapidez e superficialidade da informação da Internet, afastado do mundo real, cada vez mais mergulhado no mundo virtual, fazendo negócios sem nem sequer conhecer seus clientes. Faz amor por e-mail e tecla sua paixão nas salas de bate papo. Numa entrevista no programa Roda Viva, dizia o filósofo Newton Bignoto, "A hipertrofia da intimidade destrói o bem público" O cliente cyber não sai de casa porque não precisa nem quer ser incomodado, mas vivendo enjaulado, engaiolado e só, vem perdendo o direito aos bens, que concordamos serem bens de todos, a liberdade, a tranqüilidade, a segurança.
O sujeito da modernidade é o inesquecível "Cidadão Kane" de Orson Welles, produzido em 1941 e considerado uma das obras primas do cinema de todos os tempos. Ë o sujeito que quer reformar o mundo, mas construindo um mundo só seu e acaba vítima da sua própria armadilha. Seu narcisismo articulado de forma metafórica mas ao mesmo tempo linear, cristalina, surge no estabelecimento da primeira relação afetiva que culmina num casamento sem amor nem consideração, numa desatenção clara e objetiva, típica do amar narcísico que se basta a si mesmo. A segunda relação, extraconjugal é também apática, isenta do colorido apaixonado das relações proibidas e sigilosas, pretendendo a satisfação concreta de um pálido sonho inconsistente, quase – capricho, mencionado "en passant" pela mocinha pobre, encantada com o homem rico que lhe faz a corte e que dela se apodera para assegurar seu prestígio, sua vontade e confirmar sua onipotência. A cantora lírica-blefe é imposta pelos seus jornais que a ovacionam e promovem.
Mr. Charles Foster Kane ignora a todos e impõe-se como o dono do dinheiro, da divulgação e da verdade incontestável. Sua alucinada onipotência alcança o auge na construção do palácio-museu, repleto de estátuas que o fitam em muda e admirada contemplação. Seus quadros, de valor duvidoso e extremo mau gosto, garantem-lhe uma sensação de opulência, segurança e poder que a fortaleza do alto da montanha reflete. Mas Xenadu, como toda utopia, é o paraíso-inferno onde se faz enterrar junto com a muda e passiva companheira que no final decide abandoná-lo para sobreviver. As caixas, na cena final, que vão se transformando em prédios de concreto, retratam o mundo vazio e desprovido de emoções – o admirável mundo novo – limpo, perfeito, porém órfão de emoções. A busca incessante do objeto do desejo, objeto inalcançável e eternamente perseguido, agalma, dom, Santo Graal é a comprovação da eterna insatisfação, da impossibilidade que a morte e somente ela lhe tira das mãos e da boca – ROSEBUD – botão de rosa esconde ao mesmo tempo o segredo e o despertar da flor – mulher arredia e irreal, reafirma o sujeito quando não é mais nada, Édipo em Colono e sua única possibilidade de vir-a-ser. (continua)
Leia mais:http://pepsic.bvs-psi.org.br/pdf/cogito/v6/v6a23.pdf
às 17:51:00
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UM ENIGMA NO DIVÃ
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Hilda Hilst
" E por que haverias de querer minha alma
Na tua cama?
Disse palavras líquidas, deleitosas, ásperas
Obscenas, porque era assim que gostávamos.
Mas não menti gozo prazer lascívia
Nem omiti que a alma está além, buscando
Aquele Outro. E te repito: por que haverias
De querer minha alma na tua cama?
Jubila-te da memória de coitos e de acertos.
Ou tenta-me de novo. Obriga-me."
Hilda Hilst
às 12:16:00
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Hilda Hilst
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Poema de Amor II
Deslizo poemas de saliva
No rascunho da tua pele
Rimas profanas, estrofes abissais
O sentido profundo de um verso
Fala a língua dos teus gestos
Em convulsões gramaticais
Poemas recatados na tua pele sem pecado
Poemas de navalha no teu corpo sem perdão
A figura de linguagem do desejo
Fala a língua do meu beijo
Sem tradução
Ricardo Kelmer
às 12:13:00
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Um poema de amor
Um poema de amor
todas as mulheres
todos os beijos delas as
formas variadas como amam e
falam e carecem.
suas orelhas elas todas têm
orelhas e
gargantas e vestidos
e sapatos e
automóveis e ex-
maridos.
principalmente
as mulheres são muito
quentes elas me lembram a
torrada amanteigada com a manteiga
derretida
nela.
há uma aparência
no olho: elas foram
tomadas, foram
enganadas. não sei mesmo o que
fazer por
elas.
sou um bom cozinheiro,
um bom ouvinte mas
nunca aprendi adançar
— eu estava ocupado
com coisas maiores.
mas gostei das camas variadas
lá delas
fumar um cigarro
olhando pro teto. não fui nocivo nem
desonesto. só um
aprendiz.
sei que todas têm pés e cruzam
descalças pelo assoalho
enquanto observo suas tímidas bundas na
penumbra. sei que gostam de mim algumas até
me amam
mas eu amo só umas
poucas.
algumas me dão laranjas e pílulas de vitaminas;
outras falam mansamente da
infância e pais e
paisagens; algumas são quase
malucas mas nenhuma delas é
desprovida de sentido; algumas amam
bem, outras nem
tanto; as melhores no sexo nem sempre
são as melhores em
outras coisas; todas têm limites como eu tenho
limites e nos aprendemos
rapidamente.
todas as mulheres todas as
mulheres todos os
quartos de dormir
os tapetes as
fotos as
cortinas, tudo mais ou menos
como uma igreja só
raramente se ouve
uma risada.
essas orelhas esses
braços esses
cotovelos esses olhos
olhando, o afeto e a
carência me
sustentaram, me
sustentaram.
Charles Bukowski
às 11:47:00
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4 de fevereiro de 2008
2 de fevereiro de 2008
Album Orkut
às 11:19:00
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1 de fevereiro de 2008
lênim em lalim
lênim em lalim
Mulatos da Ponteceso
Lênim em Lalim
Lênim em Lalim
Aí passa umha moto
Aí passa umha moto
Deves viajar sempre no Castromil
Quando saes da ducha
Nom sabes que che estou mirando
Mari, Mari, Mari "ponte quieta"
Ananos sangram polo cú
Sangram polo cú
"all night long"
Consume croquetes
Também embutidos
Vive, vive sempre
Nas casas sindicais
Quando o fazemos na cabina
Sabes que estou comunicando
Mari, Mari, Mari "ponte quieta"
Antón Reixa
às 20:53:00
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bukowski num bar
bukowski num bar
Um poema de amor
todas as mulheres
todos os beijos delas as
formas variadas como amam e
falam e carecem.
suas orelhas elas todas têm
orelhas e
gargantas e vestidos
e sapatos e
automóveis e ex-
maridos.
principalmente
as mulheres são muito
quentes elas me lembram a
torrada amanteigada com a manteiga
derretida
nela.
há uma aparência
no olho: elas foram
tomadas, foram
enganadas. não sei mesmo o que
fazer por
elas.
sou
um bom cozinheiro, um bom
ouvinte
mas nunca aprendi a
dançar — eu estava ocupado
com coisas maiores.
mas gostei das camas variadas
lá delas
fumar um cigarro
olhando pro teto. não fui nocivo nem
desonesto. só um
aprendiz.
sei que todas têm pés e cruzam
descalças pelo assoalho
enquanto observo suas tímidas bundas na
penumbra. sei que gostam de mim algumas até
me amam
mas eu amo só umas
poucas.
algumas me dão laranjas e pílulas de vitaminas;
outras falam mansamente da
infância e pais e
paisagens; algumas são quase
malucas mas nenhuma delas é
desprovida de sentido; algumas amam
bem, outras nem
tanto; as melhores no sexo nem sempre
são as melhores em
outras coisas; todas têm limites como eu tenho
limites e nos aprendemos
rapidamente.
todas as mulheres todas as
mulheres todos os
quartos de dormir
os tapetes as
fotos as
cortinas, tudo mais ou menos
como uma igreja só
raramente se ouve
uma risada.
essas orelhas esses
braços esses
cotovelos esses olhos
olhando, o afeto e a
carência me
sustentaram, me
sustentaram.
Charles Bukowski
às 20:48:00
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